DIAS, Laila Christina. Redes: Emergência e Organização. In: CASTRO, Iná Elias, GOMES, Paulo César da Costa, CORRÊA,
Roberto Lobato (orgs.) Geografia: Conceitos e Temas. 5ª edição. Bertrand:
Rio de Janeiro, 2003.
CAPÍTULO V - REDES: EMERGÊNCIA E ORGANIZAÇÃO
Capítulo
de autoria da geógrafa Laila Christina Dias contribui para um debate sobre os
conceitos de redes para a geografia e encerrando a primeira parte do livro
“Geografia: Conceitos e Temas”.
INTRODUÇÃO
As
inovações realizadas pelo homem a partir do século XIX redesenharam os mapas do
mundo com as criações de diversos meios para acelerar a capacidade de circulação
de bens de consumo, pessoas e de informação que foram cruciais para a criação
do conceito de redes geográficas. Podemos citar como inovações que mudaram o
mundo as ferrovias, as rodovias, a telefonia e a internet.
O CONCEITO DE REDE
As
redes são o meio por intermédio do qual se desenvolvem e se manifestam os
diferentes tipos de fluxos, conforme o tipo de rede e de suas características.
Não há como trabalhar as novas territorialidades que se definem na globalização
sem abordar esses temas e sua dinâmica nas transformações do espaço geográfico.
Em uma escala planetária ou nacional, as redes são portadoras
de ordem através delas as grandes corporações se articulam, reduzindo o tempo
de circulação em todas as escalas nas quais elas operam. E na escala local,
estas mesmas redes e fluxos são muitas vezes portadores da desordem, já que
operam numa velocidade sem precedentes e alteram o espaço de forma irregular.
As sociedades em rede, em suas várias expressões,
correspondem a uma sociedade capitalista em que esse modo de produção dá forma
ás relações sociais em todo planeta. O desenvolvimento da tecnologia da
informação e das comunicações favorece a base material sobre a qual as redes se
expandem por toda estrutura social.
FLUXOS DE INFORMAÇÃO E
DINÂMICA TERRITORIAL
A
história da constituição da rede urbana brasileira foi elaborada a partir dos
processos de urbanização e de integração do mercado nacional. Todas as
barreiras para a circulação de mercadorias foram eliminadas por conta da
criação de ferrovias e rodovias que facilitou a circulação de mercadorias e
pessoas aproximando cada vez mais as regiões brasileiras.
OS LIMITES DAS TESES
Podemos analisar o recente desenvolvimento
tecnológico em três fases. A primeira, durante a década de 70, fez com que a
informática fosse sendo gradativamente introduzida na sociedade, mas, ainda
como algo traumatizante, mais próximo da alquimia. Eram os computadores de
grande porte, instalados em salas especiais, isoladas, centralizadas, com
pessoal altamente especializado, presente sempre de forma muito centralizada. A
segunda fase do desenvolvimento tecnológico recente é marcada pela criação do o microprocessador e com isso a
micro informática. Ao longo da década de 80 instala-se a chamada
terceira fase, com o aumento da capacidade de análise instantânea de dados
paralelamente ao barateamento dos equipamentos. A Internet passa a fazer parte
da realidade do mundo acadêmico e rapidamente vai apontando como importante
elemento de conexão entre equipamentos e, com isso, entre diferentes culturas.
Com
isso o conceito de rede passa a ser
elemento básico do momento histórico contemporâneo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O
estudo das redes ultrapassa as fronteiras das ciências geográficas pela
necessidade de uma interdisciplinaridade com a Engenharia, a Sociologia, a
Física, a Economia e a História buscando um conceito das redes numa perspectiva
pluridimensional, na qual emerjam as estratégias antagônicas de uma
multiplicidade de atores.
O nome da autora é Leila, e não Laila.
ResponderExcluirPS: fui aluno dela na Geografia / UFSC
Boa tarde!
ResponderExcluirMuito bom seu resumo, bem fácil de entender e norteador das ideias do texto original.
Parabéns e obrigado!